DESDE 1984
inserir a linha do tempo.
Largos passos pela estrada da luz
Fundada em Belém em 1984 no contexto de abertura política do Brasil, na confluência de ações e experiências coletivas como o Fotovaral, Grupo FotoOficina (1982-1984), o Fotopará – Mostra Paraense de Fotografia (1982-1984) e Grupo Fotopará (1984- 1986), a Fotoativa se consolidou como um núcleo de referência para o desenvolvimento de uma cultura fotográfica na região amazônica e como uma das mais atuantes e criativas organizações culturais do Brasil.
Gerações de fotógrafos passaram pelos cursos da Fotoativa, a maioria ainda mantêm vínculos com a entidade e boa parte deles se tornou referência na arte fotográfica dentro e fora do país. Segundo as curadoras Ângela Magalhães e Nadja Peregrino, “é uma oficina em permanente ebulição que tem por finalidade pesquisar, estimular e difundir a fotografia como prática de linguagem”.
Cabe lembrar que a construção desse caminho é possível graças aos inúmeros e valiosos voluntários e parceiros: cidadãos, profissionais, organizações e instituições que apoiam ou patrocinam nossas idéias, ações e projetos.
Educação e cidadania
Singular e atenta aos paradigmas emergentes, a proposta didática desenvolvida pela Fotoativa incorpora o lúdico (processos artesanais de construção de imagens e atividades sensoriais, por exemplo) e permanentes discussões acerca da formação da imagem e do fazer fotográfico e suas possibilidades. Esta abordagem tornou-se base de formação de boa parte dos fotógrafos-educadores-artistas paraenses e é, de acordo com matéria especial da revista Fotografe Melhor sobre a associação (2006), “algo que provoca profundas repercussões práticas no cotidiano das pessoas”.
A dinâmica das ações culturais promovidas pela Fotoativa traz em si uma pedagogia própria: a reeducação do olhar, incentivando o aprendizado e exercício da fotografia e ao mesmo tempo a promoção da cidadania, o intercâmbio de conhecimentos e o respeito ao meio ambiente e ao patrimônio cultural.
Com estes propósitos, somam-se às práticas já citadas encontros, viagens “foto-exploradoras”, exposições em locais públicos (destacando-se os famosos “fotovarais”) e projetos comunitários.
A intervenção na comunidade, aliás, é uma marca forte da Fotoativa, que regularmente desenvolve atividades gratuitas junto à população economicamente carente da região, como cursos e vivências fotográficas, estimulando também a profissionalização e a auto-estima.
Reconhecimento
Em 2004 a Fotoativa recebeu os títulos de “Utilidade Pública Municipal” (Prefeitura Municipal de Belém) e “Utilidade Pública Estadual” (Governo do Estado do Pará). No ano seguinte, a Prefeitura cedeu à associação um casarão no centro histórico da cidade, na Praça das Mercês.
A nova sede da Fotoativa já se tornou um dos pontos de encontro do meio cultural da cidade, local de visitas e bate-papos de curadores e fotógrafos de outras regiões, inclusive estrangeiros.
“A Fotoativa é uma referência de organização e de sistematização de encontros e de difusão da fotografia de uma maneira bastante especial, inédita e eficiente”, avalia a curadora especializada em fotografia Rosely Nakagawa.