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minicurso virtual
ARTE AMAZÔNICA: quatro posturas entre o local e o global
com Gil Vieira Costa
22 setembro a 8 outubro 2020 | 6 encontros virtuais ao vivo
terças e quintas, de 18h às 19h30
Destina-se a artistas, pesquisadores e interessados em história e crítica de arte produzida na e sobre a Amazônia.
O território conhecido como Amazônia tem sido um foco permanente da atenção internacional, seja por seus recursos naturais e biodiversidade, seja por suas questões sociais de difícil resolução. Há, também, um interesse crescente do sistema de arte contemporânea pela região e, consequentemente, por uma assim chamada arte amazônica. Parece oportuno aprofundar as reflexões sobre esse tema.
Este minicurso pretende abordar tópicos de crítica e história da arte relacionados com a Amazônia (enquanto tema e/ou enquanto território habitado por diversos grupos humanos). Foca-se na arte contemporânea – as artes visuais especializadas, legitimadas institucionalmente – e nas relações desta produção com culturas visuais locais e regionais, imagens, imaginários e questões sociais na Amazônia.
Serão problematizadas as concepções de arte, de Amazônia e de arte amazônica, de modo a propor o debate sobre uma arte projetivamente amazônica. Também serão discutidos os pressupostos teórico-metodológicos adotados para abordar o assunto, com ênfase na história social e nas teorias decoloniais.
Por fim, será apresentada uma reflexão sobre quatro posturas gerais observáveis nesse fenômeno artístico, aqui denominado de arte projetivamente amazônica: 1) identitária, 2) fenomenológica, 3) antropológica e 4) socialmente engajada. Tais posturas são características em programas estéticos que têm ou tiveram a intenção manifesta de refletir sobre a Amazônia, em seus diversos aspectos.
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Cronograma
Encontro 1 1. Da arte na Amazônia à arte amazônica 1.1. Concepções de arte e de Amazônia - O que pode ser arte? Arte e campo artístico. A definição institucional de arte. Relações entre arte especializada e outras culturas visuais. - O que pode ser Amazônia? A Amazônia como região natural e como território geopolítico. Amazônia continental ou Pan-Amazônia. A Amazônia como construção discursiva e de imaginário coletivo. Encontro 2 1. Da arte na Amazônia à arte amazônica 1.2. Arte projetivamente amazônica - Arte amazônica x arte na Amazônia. A diversidade do fenômeno artístico especializado produzido no território amazônico. - Invenções de uma identidade cultural amazônica. Múltiplos esforços na direção da arte amazônica como projeto estético e político. Encontro 3 2. Abordagens teórico-metodológicas para compreender a arte amazônica 2.1. Escala global e local, relações sincrônicas e diacrônicas - A Amazônia como fronteira, zona de contato e espaço de mestiçagem cultural. Fluxos e atravessamentos. - A arte especializada e suas relações com outros campos da vida social. A arte especializada e suas relações com a história da arte. Encontro 4 2. Abordagens teórico-metodológicas para compreender a arte amazônica 2.2. Teorias decoloniais e arte amazônica - A condição de colonialidade das cidades na Amazônia e as implicações de ilegibilidade e invisibilidade para obras e artistas amazônicos. - Questões intergeracionais: diálogos existentes entre as várias gerações de artistas. Obras e artistas projetivamente amazônicos e a formulação de questões artísticas locais. Encontro 5 3. Quatro posturas de uma arte projetivamente amazônica: 3.1. A postura identitária. - A arte especializada e as construções de uma identidade cultural amazônica. Os usos políticos da identidade. Arte e crítica das identidades amazônicas. 3.2. A postura fenomenológica. - A arte especializada e os diferentes graus de vivência concreta com a Amazônia. A região como experiência estética específica: luz, cor e materialidade. |
Encontro 6 3. Quatro posturas de uma arte projetivamente amazônica: 3.3. A postura antropológica. - A arte especializada e o interesse nos diversos grupos sociais que atuam na Amazônia. O artista e o Outro amazônico. 3.4. A postura socialmente engajada. - A arte especializada e o compromisso com as questões sociais e os processos históricos na Amazônia. Arte, ativismo político e transformação social. |
Gil Vieira Costa
Belém/PA, 1988. Professor na Faculdade de Artes Visuais da Unifesspa (Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, em Marabá/PA. Possui Doutorado em História (2019) e Mestrado em Artes (2011), ambos pela UFPA (Universidade Federal do Pará), e Graduação em Artes Visuais (2007) pela ESMAC (Escola Superior Madre Celeste). Membro da ABCA (Associação Brasileira de Críticos de Arte) e da ANPAP (Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas). Pesquisa arte contemporânea em cidades na Amazônia, tema sobre o qual já publicou diversos artigos, capítulos e o livro Espaços em trânsito: múltiplas territorialidades da arte contemporânea paraense, contemplado com o Prêmio IAP de Artes Literárias 2013.
Gil Vieira Costa
Belém/PA, 1988. Professor na Faculdade de Artes Visuais da Unifesspa (Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, em Marabá/PA. Possui Doutorado em História (2019) e Mestrado em Artes (2011), ambos pela UFPA (Universidade Federal do Pará), e Graduação em Artes Visuais (2007) pela ESMAC (Escola Superior Madre Celeste). Membro da ABCA (Associação Brasileira de Críticos de Arte) e da ANPAP (Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas). Pesquisa arte contemporânea em cidades na Amazônia, tema sobre o qual já publicou diversos artigos, capítulos e o livro Espaços em trânsito: múltiplas territorialidades da arte contemporânea paraense, contemplado com o Prêmio IAP de Artes Literárias 2013.
Belém/PA, 1988. Professor na Faculdade de Artes Visuais da Unifesspa (Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, em Marabá/PA. Possui Doutorado em História (2019) e Mestrado em Artes (2011), ambos pela UFPA (Universidade Federal do Pará), e Graduação em Artes Visuais (2007) pela ESMAC (Escola Superior Madre Celeste). Membro da ABCA (Associação Brasileira de Críticos de Arte) e da ANPAP (Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas). Pesquisa arte contemporânea em cidades na Amazônia, tema sobre o qual já publicou diversos artigos, capítulos e o livro Espaços em trânsito: múltiplas territorialidades da arte contemporânea paraense, contemplado com o Prêmio IAP de Artes Literárias 2013.
Valores
R$170 à vista ou parcelado via PicPay, com desconto de 20% para associadxs; 1/2 bolsa para estudantes.
1 bolsa integral destinada à interessadx que justifique motivação relacionada à proposta do curso, sem possibilidade financeira. Para candidatar-se escreva 1 carta de motivação e encaminhe para formacaofotoativa@gmail.com com assunto “Bolsa - Arte amazônica”, respondendo à pergunta “De que forma esta atividade contribui para o meu processo atual?”
Combo “Histórias da arte” (minicurso Ednaldo Britto + minicurso Gil Vieira Costa) R$350 com 20% de desconto para associadxs com anuidade em dia (R$280) ou 50% de desconto para estudante (R$175).
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Bibliografia
BENDAYÁN, Christian (ed.). Amazonistas. Lima: Buféo, 2017.
CASTRO, Fábio Fonseca de. Entre o mito e a fronteira: estudo sobre a figuração da Amazônia na produção artística contemporânea de Belém. Belém: Labor Editorial, 2011.
CUNHA, Manuela Carneiro da. Cultura com aspas e outros ensaios. São Paulo: Ubu, 2017.
FIGUEIREDO, Aline. Arte aqui é mato. Cuiabá: UFMT, 1990.
FUNARTE. As artes visuais na Amazônia: reflexões sobre uma visualidade regional. Rio de Janeiro: Funarte; Belém: SEMEC, 1985.
GARZÓN, Liliana Cortés. Amazónicos: un estudio de pintores amazónicos actuales. Tese de Doutorado em História da Arte e Musicologia, Universidad Autonoma de Barcelona, 2015.
GONDIM, Neide. A invenção da Amazônia. São Paulo: Marco Zero, 1994.
HERKENHOFF, Paulo (cur.). Amazônia: ciclos de modernidade. São Paulo: Zureta, 2012. Catálogo de exposição.
HERKENHOFF, Paulo (cur.). Pororoca: a Amazônia no MAR. Rio de Janeiro: Circuito; Museu de Arte do Rio, 2014. Catálogo de exposição.
HUG, Alfons; NESSLER, Nikolaus (orgs.). Arte Amazonas. Brasília: Instituto Goethe Brasília, 1992. Catálogo de projeto.
MANESCHY, Orlando (cur.). Amazônia, a arte. Rio de Janeiro: Imago, 2010. Catálogo de exposição.
MANESCHY, Orlando (cur.). Amazônia, lugar da experiência. Belém: UFPA, 2013. Catálogo de exposição.
MOKARZEL, Marisa. Entre garças e urubus: a (in)sustentável arte produzida na Amazônia. Caderno VideoBrasil, v. 2, n. 2, São Paulo: Associação Cultural VideoBrasil, 2006, p. 78-109.
PÁSCOA, Luciane. As artes plásticas no Amazonas: o Clube da Madrugada. Manaus: Valer, 2011.
PIZARRO, Ana. Amazônia: as vozes do rio: imaginário e modernização. Tradução de Rômulo Monte Alto. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2012.
SOUZA, Márcio. A expressão amazonense: do colonialismo ao neocolonialismo. São Paulo: Alfa-Ômega, 1977.
VIDARTE, Giuliana. Un nuevo imaginario para la Amazonía peruana: la práctica artística de César Calvo de Araújo y Antonio Wong (1940-1965). Tese de Mestrado em História da Arte, Pontificia Universidad Católica del Perú, 2016.
VIEIRA COSTA, Gil. Arte em Belém, do abstracionismo à visualidade amazônica (1957-1985): transições movediças e tensões globais. Tese de Doutorado em História, UFPA, 2019.
VIEIRA COSTA, Gil. Estética assombrada: um olhar sobre a produção artística contemporânea na Amazônia brasileira. Pós:, Revista da Escola de Belas Artes da UFMG, v. 4, n. 7, Belo Horizonte, mai. 2014, p. 117-130.