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oficina

Experiências fotossensíveis a partir de pigmentos de plantas

com Simone Wicca



6, 8 e 15 de novembro 2021 | 3 encontros virtuais ao vivo
de 19h às 21h | carga horária 6h



Destina-se a professores, estudantes, artistas e curiosos. Pessoas interessadas no assunto, não é necessário conhecimento prévio.











Nessa oficina produziremos emulsões fotográficas a partir de pigmentos de plantas (flores, folhas, raízes e frutos) e sensibilizaremos papéis, que serão expostos à luz do sol. A técnica é chamada de Anthotypes ou Antotipia e quando feita diretamente sobre folhas é também chamada de chlorophyll prints ou impressão clorofila.

De uma experiência de John Herschel sobre o pigmento das plantas é percebido que a ação dos raios do sol é a de destruir as cores. O resultado dessa fotografia orgânica é uma imagem de contrastes sutis, efêmera quando exposta a luz depois de produzida e instável quanto a ação do tempo. Nessa oficina refletiremos sobre as particularidades desse processo fotossensível, conversaremos sobre a história da fotografia e produziremos emulsões fotográficas a partir de diversos pigmentos de plantas (flores, folhas, raízes e frutos) e sensibilizaremos papéis, que serão expostos à luz do sol para a produção de imagens efêmeras.


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Cronograma


1o encontro

Conversa de introdução ao curso e ao processo de produção de anthotypes.
Primeiro contato prático com os materiais.
A escolha do contraste das imagens.
Primeiro teste usando folhas.


Materiais necessários para essa aula:
- 1 ou mais frames/contateiras*. Saco plástico onde caiba o frame (pode ser um saquinho tipo ziploc);
- Folhas verdes diversas (quando mais fina e maleável e menos texturizada, melhor);
- Transparências com imagens positivas PB impressas no tamanho que se queira que a imagem fique na folha. A transparência também pode conter apenas textos em preto, no tamanho que se queira gravas nas folhas. Opcional: objetos finos e planos, opacos ou translúcidos (tais como papeis recortados, rendas, penas, entre outros).

*cada frame/contateira é composto por: 1 base + 1 E.V.A. + 1 vidro + 4 presilhas.
Faça quantos frames quiser e na dimensão que desejar. É legal ter ao menos uns 4 frames/contateiras para trabalhar simultaneamente. Medidas sugeridas: base de madeira MDF 6mm de espessura de aproximadamente 10x15cm (ou maior, a depender do tamanho de imagens que se queira fazer); pedaço de E.V.A. de 2mm de espessura de 10x15cm (ou maior, a depender do tamanho de imagens que se queira fazer); vidro com bordas polidas de 2mm de espessura de 10x15cm (ou maior, a depender do tamanho de imagens que se queira fazer); 4 ou mais presilhas do tipo binder ou similar, com abertura que prenda simultaneamente a base, o E.V.A. e o vidro.



2o encontro

Abertura e visualização das primeiras imagens nas folhas.
Produção de emulsões fotossensíveis.
Escolha do melhor método de extração, de acordo com o pigmento escolhido.


Materiais necessários para essa aula:
- 1 ou mais frames/contateiras;
- 1 almofariz ou pilão (preferencialmente não usar os de madeira, que absorvem a cor dos
pigmentos). Liquidificador ou centrífuga também serve;
- Tecido fino ou filtro de papel (desses de coar café) para filtrar o pigmento;
- Álcool ou água filtrada/destilada;
- Bolinhas de algodão ou pincel;
- Papel branco resistente (os papéis para aquarela costumam ser muito bons).
- Luvas impermeáveis (para não manchar as mãos);
- 1 ou mais vegetais para tirar o pigmento:
pode ser raiz, folha, flor ou fruto com cores intensas. Funcionam bem: beterraba, cúrcuma/açafrão da terra, espinafre ou mastruz ou jambu, rosas ou cravos vermelhos (hibisco fresco não funciona), flamboiã, buganvília
(também chamada de primavera), terramicina, romã, entre outros. O interessante é experimentar vários e testar vegetais que sejam comuns no seu local.


3o encontro
- Abertura dos frames, visualização e discussão sobre as imagens produzidas;
- Conversas e trocas sobre o processo, sobre o tempo de produção e a efemeridade das imagens.















Simone Wicca
pesquisa e ensina fotografia e os processos históricos há 20 anos. Bacharel em Fotografia pelo SENAC. Mestre (2019) e doutoranda em poéticas visuais pela Unicamp. De 2004 a 2010 formatou e orientou os cursos de fotografia no Sesc Pompeia além de organizar a programação fotográfica (‘FotoAtiva Pará: Cartografias Contemporâneas’, ‘Relatos de Trajetória’, ‘Entre_Vistas Brasileiras’, entre outras) nas Oficinas de Criatividade. Em 2014 criou o LABici, laboratório sobre uma bicicleta para revelação de fotografias PB ao ar livre (parceria com Guilherme Maranhão e Roger Sassaki). Em 2015 elaborou o projeto ‘Observatório’, no Sesc Ipiranga, onde um container foi transformado numa grande câmera fotográfica com um laboratório PB em seu interior no qual aconteceram diversas oficinas de fotografia. Foi juri do prêmio 'Descubrimientos PHotoEspaña 2017', e participou como leitora de portfolios no Festival Internacional PHotoEspaña 2017, em Madri. Desde 2017 supervisiona o Núcleo de Artes Visuais e Tecnologias no Sesc 24 de Maio. Já ofereceu cursos de fotografia no SescSP, IMS Paulista, Escola Rever e Casa Ranzini. Reside e trabalha em São Paulo.






Valores

R$200 com desconto de 20% para associades com anuidade em dia (R$160);


1 bolsa integral para quem justifique motivação relacionada à proposta do curso, sem possibilidade financeira. (inscrições até 29/10)

Interessades, escrever 1 carta de motivação e encaminhar para formacaofotoativa@gmail.com com assunto “Bolsa - Experências Fotossensíveis”, respondendo à pergunta “De que forma esta atividade contribui para o meu processo atual?”


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Saiba mais





Café Fotográfico BREVE HISTÓRIA DA NATUREZA DOS PIGMENTOS
com Simone Wicca

Realizado no dia 18 de outubro, o Café Fotográfico, de forma on-line, teve como convidada a artista-pesquisadora Simone Wicca (SP), que apresentou Breve história da natureza dos pigmentos, um desdobramento de sua pesquisa de mestrado em poéticas visuais na Unicamp, em 2019. A mediação foi feita pela artista-pesquisadora Evna Moura (PA).

O trabalho teve como ponto de partida o uso do processo fotossensível a partir de pigmentos de plantas (anthotype), do qual surgiram desdobramentos e repercussões que a pesquisa prática suscitou, como por exemplo a convergência com a ciência – mais especificamente com o campo da biologia —, e sua relação com as estruturas celulares das plantas. O trabalho reuniu, numa espécie de gabinete de curiosidades, imagens produzidas nesse processo fotográfico do século XIX (anthotype), desenhos de plantas realizados com o uso de câmara lúcida (dispositivo óptico pré-fotográfico para projeção de imagens), lâminas de histologia vegetal e fotografias microscópicas, com o propósito de criar hibridismos, borrar fronteiras entre registros artísticos e científicos ao refletir sobre a impermanência da matéria-prima.

Acompanhe:
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https://www.youtube.com/watch?v=i1ZvS...




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